Por seu turno, o Público apresenta a partir de hoje à tarde um novo grafismo no seu site da internet, com mais espaço para vídeos e infografias.
19 November 2007
O regresso?
Por seu turno, o Público apresenta a partir de hoje à tarde um novo grafismo no seu site da internet, com mais espaço para vídeos e infografias.
11 October 2007
20 September 2007
17 September 2007
Revista de imprensa
Primus inter pares

13 September 2007
12 September 2007
04 September 2007
Uma questão de atitude
Clarice Lispector, in A Hora da Estrela
Uma questão de perspectiva
06 August 2007
E depois das férias...
22 June 2007
Itinerâncias
04 June 2007
Estou de volta

28 May 2007
Não brinquem com o zé
24 May 2007
Grande serviço público
22 May 2007
Nelson de Matos Edições
Informações gentilmente cedidas por MJM.
21 May 2007
Dar a cara, às vezes
16 May 2007
Festival de Cannes

Lisboa: cidade perdida

Ou muito me engano, ou as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa podem desembocar num autêntico «pântano político», para usar uma frase conhecida. O resultado parece-me imprevisível. Ninguém, na verdade, estava preparado para este sufrágio. Esperemos pelas propostas, mas por enquanto o cenário é mau.
Para o PS, mais do que uma eleição, trata-se de um referendo ao Governo. A escolha de António Costa assim o indica.
Carmona Rodrigues e Helena Roseta jogam as suas últimas cartadas políticas. Com uma derrota, perdem para sempre a popularidade política de que gozam actualmente. Com uma vitória, acentuam a desconfiança em relação aos partidos políticos.
A Lula e a Baleia, de Noah Baumbach
Um dos melhores filmes que vi nos últimos anos. Pena tê-lo visto tão tarde. A Lula e a Baleia devia ser obrigatório na Escola Primária. Toxic Parents - todos temos. Problemas de identidade - também. E baleias com pouco respeito pelos outros, mesmo se estiverem envolvidos muitos tentáculos - muito frequentemente. Claro que isto diz pouco do filme. Mas não interessa. Só vendo. Só sentindo. Só recordando. Tentemos uma aproximação, no entanto. Um casal decide finalmente separar-se. Ele é escritor, falhado. Ela escritora, à beira do sucesso. No meio da tempestade em que esta situação os arrasta ficam os dois filhos. O mais velho, adolescente. O mais novo, a sair da infância. Uma crise familiar filmada com extrema sensibilidade e fina ironia, relatando situações que, apesar de concretas, são em tudo universais. A custódia dividida, os amantes que surgem pelo caminho, as ideias feitas, maternas e paternas, boas e más, os sonhos desfeitos. Excelente. Para ver e rever. Em todas as idades.
15 May 2007
Depressão cinematográfica

Que expectativas?
13 May 2007
O Eco de Pombal
Primeira Liga

11 May 2007
Separados à nascença


A Casa dos Encontros, de Martin Amis

10 May 2007
Novos Mundos

09 May 2007
The Fountain, de Darren Aronofsky
Foi discreta a passagem de The Fountain, a última longa-metragem de Darren Aronofsky, pelas salas portuguesas, depois de ter recebido honras de fecho no Fantasporto. Mas a verdade é que o filme desilude, sobretudo quando visto na sequência do estimulante Pi (1998) e do inesquecível Requiem for a Dream (2000). Faltam as imagens de marca da sua realização, o ritmo inebriante da história e aquele universo pessoal e reconhecível oferecido nas fitas anteriores. Resta-nos a sobreposição engenhosa de três registos, três versões da mesma história em três épocas diferentes: num presente dominado pela ciência, num passado regulado pela fé e num tempo suspenso de vida baseado na esperança. Esperemos pelos já anunciados Black Swan, em 2008, e The Fighter, em 2009.
A TV do futuro?
Tríptico III
Assim
E assim também
08 May 2007
Peregrinos Séc. XXI
07 May 2007
Sinos e cabeças
04 May 2007
Relatório minoritário
03 May 2007
Sextante Editora
Tríptico II
A não perder

Banco (pouco) Mundial
Dar a cara, mas nem sempre
02 May 2007
A queda do mito
01 May 2007
Tríptico I
Balaou, de Gonçalo Tocha

Publiquei isto aqui, onde estão mais críticas sobre o Indie Lisboa.
Pontes e margens
O jovem Fassbinder


Filho de pais separados, Fassbinder habituou-se a ir ao cinema muito cedo, sobretudo com o pai, que vivia em Colónia. Era capaz de ver vários filmes seguidos, em particular os gangsters norte-americanos, que faziam as delícias de quem queria escapar ao já monolítico mainstream de Hollywood. É esse universo, que também foi decisivo para a Nouvelle Vague francesa, e para realizadores tão importantes como Godard, que ressoa nestas duas experiências de dez minutos cada. Mais na segunda do que na primeira, já que esta foi feita em resposta a O Signo de Leão, de Eric Rohmer, filme que Fassbinder gostava muito. Mas vejamos (salvo seja, claro).
Em O Mendigo (1966), um sem-abrigo vagueia pelas ruas de Munique. O ambiente urbano é mostrado logo de início, com um longo plano-sequência que capta os eléctricos a partir, a agitação dos carros, a correria dos transeuntes que rumam a casa no final de mais um dia. Na madrugada seguinte, escondido numa paragem, com uma garrafa vazia ao seu lado, o mendigo vive a solidão da sua existência. Sem destino, encaminha-se para um parque. É nessa trajectória que descobre, no chão, uma pistola. A vida, com a proximidade da morte, ganha um novo sentido. E a concretização dessa possibilidade de vida e de morte anima-o. Mas o acto terá de ser bem feito. Cuidado. Estudado. Meticuloso. Mas a um mendigo nada mais resta do que ser malogrado. Frustrado. Roubado. Destituído de esperança. E em jeito de paródia, duas pessoas que surgem do nada roubam-lhe a pistola. Nem ir desta para melhor é permitido a um mendigo.
A fita seria recusada pelo Festival de Oberhausen, na altura a mais importante mostra de curtas-metragens do mundo, e uma comissão de avaliação não lhe atribuiu o certificado de qualidade que asseguraria ao realizador descontos nos impostos. «Recusar a coisa quase racista que é um certificado de qualidade a um filme tão bem enquadrado e montado como este, num país cuja produção cinematográfica era insignificante», escreve António Rodrigues na folha da Cinemateca dedicada ao filme, «é mais uma prova de que há momentos em que a renovação do cinema só pode ser feita através de alguma violência ou alguma marginalidade». Foi esse o caminho de Fassbinder. «Esta primeira curta-metragem não foi uma experiência, nem uma tentativa, foi uma afirmação.»
Poucos meses depois, Fassbinder realizou O pequeno caos (1967), esta sim uma autentica história de gangsters, como será a trilogia O amor é mais frio do que a morte (1969), Os deuses da peste (1969) e O soldado americano (1970). Outra vez com Munique em pano de fundo, três amigos procuram desesperadamente dinheiro. Tocam às campainhas, entram em prédios, batem às portas, tentam vender assinaturas de revistas, mil e uma artimanhas sem resultado. A única solução é assaltar alguém desprevenido. E é isso que fazem. A realização e a montagem são, aqui, mais ritmadas, com a utilização do plano e contra-plano. Quem bate à porta, que está do outro lado, quem quer vender, quem recusa comprar. A curta acaba com uma sequência extraordinária, e contamo-la, tal como nos alongámos no filme anterior, porque ambos raramente passam nas salas portuguesas. Depois do assalto bem sucedido, e ainda na casa da pobre senhora, Fassbinder, que faz o papel principal, pergunta à única rapariga do grupo: «O que vais fazer com este dinheiro?». Ela responde-lhe: «Não sei, comprar qualquer coisa bonita, um vestido». E, virando-se para o terceiro membro do grupo, um homem, diz: «E tu?». «Talvez um brinquedo para o meu filho.» «E tu?», perguntam os dois. Fassbinder, sintetizando a sua carreira futura, dispara: «Eu vou ao cinema!»
Ainda a repensar Abril
Quem a tem chama-lhe sua
António Barreto
(...) Nestas festas de comemoração da liberdade, Cavaco Silva nada tinha para dizer. Ou nada queria dizer, o que é bem diferente. Assim, para apesar de tudo não fazer figura de corpo presente, fez o que pôde para ser original. Pôs em causa o sentido e a oportunidade das festas oficiais.
O que é estranho: ninguém aceita um convite para um aniversário para, em casa do anfitrião, discorrer melancolicamente sobre a inutilidade da festa. Socorrendo-se de clichés, falou em nome da juventude, a quem aquela cerimónia nada diria. O argumento é antigo. Mas há qualquer coisa que deixa um incómodo. Não faz sentido querer forjar, ou forçar, a partir do Estado, uma festa jovem, civil e cultural. Esta já se faz. Enquanto houver comunistas, socialistas, gente de esquerda em geral, com mais de umas décadas de idade, haverá festa. É, em boa medida, a festa deles.
As direitas nunca festejaram o 25 de Abril, até por causa do que se lhe seguiu.
Quando um dividido deputado do PSD afirma, como é o caso há anos, que "o 25 de Abril é de todos", está ingenuamente a confessar que de facto não é.
As festas são, numa parte, das esquerdas, que aproveitam o dia para arrasar as direitas, o centro, os governos, os liberais e os patrões. Noutra parte, são dos militares que fizeram a "inesquecível jornada" e que deveriam ter, por gratidão, um belo desfile militar a preceito.
A verdade é que, em todo o país, há, nesse dia, milhares de festas, civis ou autárquicas, quase sempre com o mesmo objectivo: dar voz às reivindicações dos trabalhadores, dos sindicatos, das esquerdas e de alguns intelectuais e artistas. A que não faltam churrascos, bailes e cerveja. Deixem-nas viver, enquanto há, porque é bem possível que, dentro de anos, também o 25 de Abril siga o caminho das praias e dos Centros Comerciais. Quanto ao Parlamento, que produza anualmente aqueles discursos geralmente destituídos de inteligência, novidade ou sentido: dali não vem mal ao mundo. Nem bem.
28 April 2007
Repensar Abril
27 April 2007
All these voices
Câmara Clara
Novo romance de Mia Couto
A força e os outros
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, de Sérgio Godinho, in Sobreviventes (1971)
26 April 2007
Repensar a Revolução
Caminho
25 April 2007
24 April 2007
O de todas as semanas
23 April 2007
Liberdade, Liberdade
E na segunda volta?
A Scanner Darkly, de Richard Linklater
Richard Linklater é um realizador curioso. Tanto assina filme de culto, como cede aos cânones de Hollywood. São as regras da sobrevivência na indústria mais poderosa do mundo. Mesmo assim, os seus projectos pessoais valem mais do que os esforços para equilibrar o orçamento. No Indie Lisboa passou o seu trabalho mais recente, A Scanner Darkly, um projecto que mistura a linguagem tradicional do cinema e as potencialidades da animação, na mesma linha de Waking Life. Essa componente híbrida é, de resto, um dos aspectos mais interessante do filme, na medida em que explora até ao limite as características intrínsecas do medium que utiliza. Uma das questões centrais do filme – quem é quem ou quem se esconde por detrás da máscara – só é possível através do uso da animação. Através dela o protagonista vai construindo (e perdendo) a sua identidade, pensado ser uma coisa, acreditando ser outra, confundindo as duas. Outro aspecto forte do filme é o argumento, do próprio Linklater, adaptação de um livro de Philip K. Dick. Bem ao seu estilo, o escritor norte-americano projecta, num mundo não muito distante, uma sociedade tiranizada pelo consumo de drogas – a substância D (de dependência, desistência, desconsolo, de morte, death, em inglês) – e por uma grande empresa – a Novo Caminho. Apesar de ocultos pela animação – o filme foi rodado normalmente, durante sessenta dias, e depois ‘animado’ em computador, ao longo de um ano – há alguns actores que se destacam. Sobretudo Woody Harrelson e Robert Downey Jr, extraordinários na recriação de um viciado. Dirigido muito provavelmente a um público reduzido, A Scanner Darkly é, a par de 300, de Zack Snyder (rodado na íntegra em estúdio), uma antevisão das possibilidades e dos riscos que atravessa o cinema contemporâneo.
22 April 2007
Climas, de Nuri Bilge Ceylan
Pós-pós
O que fazer com ele
A vida inteira
Hora-a-hora e durante a vida inteira
Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da lua
Olha a sombra que tens colada aos pés
Senta-te aí, dos Rio Grande, interpretado por Jorge Palma
21 April 2007
Boa nova
20 April 2007
19 April 2007
Jacques Le Goff

Entre os vários investigadores que estudaram essa época, surgem à cabeça Georges Duby e Jacques Le Goff, ambos da École des Annales, movimento que revolucionou a nossa ideia de História. Do segundo, acabam de sair duas traduções de livros recentes. A Idade Média para principiantes, na Temas e Debates, uma excelente e esclarecedora introdução, para miúdos e graúdos, e Por amor às cidades, na Teorema, um confronto entre as cidades de hoje e de outrora, com paralelismos e abismos. Além de uma entrevista no JL, nas bancas na próxima terça-feira, 24 (por causa do feriado), podem encontrar mais informações aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Pintura de Pieter Bruegel, A luta entre o Carnaval e a Quaresma, 1559
Susana Anágua

Memories are made of this
18 April 2007
Integral, como eu gosto
Ver programação aqui.
Coca-Cola white
Saldos e almas
Grita bem alto
Guarda o que és
Vende o resto em saldos
Ouvi hoje, na Radar. Não me lembro do grupo.
17 April 2007
Cadentes. Estrelas
Welcome to the club
Código Deontológico
1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
2.O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.
3.O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.
4.O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.
5.O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. O jornalista deve também recusar actos que violentem a sua consciência.
6.O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.
7.O jornalista deve salvaguardar a presunção da inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.
8.O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexo.
9.O jornalista deve respeitar a privacidade dos cidadãos excepto quando estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo contradiga, manifestamente, valores e princípios que publicamente defende. O jornalista obriga-se, antes de recolher declarações e imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade e responsabilidade das pessoas envolvidas.
10.O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses.
Agora encarteirado. E o mesmo se aplica neste blog. Para reclamações aqui
16 April 2007
A playlist de...
15 April 2007
O Caimão, de Nanni Moretti
Ao enredo e à realização, junta-se um elenco de luxo. Escolhido a dedo. Do produtor (um Silvio Orlando expressivo) ao protagonista do filme-em-curso (um extraordinário Michele Placido, da série Polvo, lembram-se?). O Caimão será, seguramente, um dos melhores filme de 2007.
Site oficial aqui.
Sensações sublimes
Eadweard Muybridge



A aposta daquele dia conta-se em poucas palavras. A maioria defendia que, durante uma corrida, o cavalo tinha sempre uma das patas no chão. Leland Standorf defendia exactamente o contrário: que o cavalo, ainda que por milésimos de segundos, tinha todos as patas no ar. A teoria já tinha sido avançada por Étienne Jules Marey, embora o francês nunca tivesse apresentado dados que a sustentasse. Mas naquele mês de Junho, de 1878, Leland Standorf estava disposto a esclarecer todas as dúvidas.
Ao seu lado, na quinta Palo Alto Stock, tinha Eadweard Muybridge, um fotógrafo inglês que passara os últimos anos a investigar a decomposição do tempo. Divulgada a fotografia, o desafio que se colocava era a fixação minuciosa do movimento. Para isso, Muybridge preparou um sistema que alinhava doze câmaras fotográficas que, ligadas por uma rede de cabos conseguiriam capturar doze exposição em apenas meio segundo.
Relato completo desse dia aqui.
You've got to find what you love
Pensamento socrático
14 April 2007
A não perder

Quantas vezes
Aviso à navegação
12 April 2007
Para continuar a conversa (5 + 5 - 5 = ?)

A certa altura escreve:
1) Melhora a escrita
2) Atrai e envolve o público
3) Oferece um melhor entendimento do mundo digital
4) Ajuda a desenvolver alguns conhecimentos técnicos
5) É divertido
Depois, acrescenta:
1) Ajuda a mantermo-nos a par dos assuntos que se desenrolam gradualmente
2) Traz à atenção (através de comentários dos leitores, de referências cruzadas ou simplesmente da procura de algo sobre que escrever) assuntos que passariam despercebidos
3) Ter um blogue permite-nos conhecer outras pessoas e permite que elas nos conheçam. É mais fácil abordar alguém que pode ser uma fonte quando esta pessoa segue aquilo que escrevemos - mesmo que nunca tenha havido um contacto directo
4 ) Permite um registo diferente do da escrita profissional
5) Ensina a comunicar eficazmente na Web»
E um pouco contrariado, remata:
1) É monótono. Podemos escrever o mesmo post seis vezes por ano que ninguém repara. Nem nós
2) É um desperdício de energia. A maioria dos leitores não vai perceber nada porque lê apressadamente e de qualquer maneira já sabe tudo pois leu qualquer coisa sobre o assunto algures um dia destes, na semana passada ou foi há quinze dias?
3) Quando escrevemos que isto é azul, vai aparecer um leitor aos berros provando que é amarelo. É muito desagradável. Para as cores, claro
4) É irritante. Uma pessoa esfalfa-se a escrever um post super-bem, duas horas de pesquisa e três a dar ao dedo, sobre, digamos, as culturas hidropónicas em Marte, e aparecem vinte leitores de rajada na caixa de comentários a discutir animadamente a cor dos suspensórios que fulano teria levado à televisão se por acaso lá tivesse ido. Deveras irritante, experimente o caro leitor também
5) Havia uma quinta razão, bem sei, mas não estou agora a ver qual era...
A discussão é das antigas. Tem, provavelmente, a idade do Homem. Porquê junto ao mar? Porquê nas cavernas? Porquê a roda? Porquê lembrar os feitos de Tróia se estivemos lá? Porquê pintar as paredes? Porquê a ciência, a técnica, a poesia, o amor?
Cada um terá as suas respostas. As dos que me antecederam estão aí, à nossa volta, para o bem e para o mal, a condicionarem o presente. Procuro as minhas, dia-a-dia, sem grandes intenções, sem muitas certezas. Errando, seguramente. Acertando, às vezes. A queda, a haver, será porventura grande. Como a de Ícaro.
10 April 2007
Começar
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade
in Amar se Aprende Amando